Thais Carla perde 52 kg e volta ao balé: a transformação depois da cirurgia bariátrica

Thais Carla, a dançarina que ganhou notoriedade como integrante do grupo de dança da Anitta, virou assunto nacional ao divulgar a perda de 52 kg em menos de um ano. O marco não se resume ao número na balança; ele representa a volta ao palco, à academia e a uma nova forma de se relacionar com o próprio corpo.

A jornada de perda de peso

Antes da operação, Thais já havia reduzido 30 kg seguindo uma dieta rigorosa e um programa de exercícios monitorado por nutricionistas. Em abril de 2025, ela optou pelo cirurgia bariátrica, especificamente o bypass gástrico, que diminui o tamanho do estômago e desvia parte do intestino para limitar a absorção de nutrientes. O procedimento foi apenas o ponto de partida: o que ela descreve como “a parte mais difícil” foi o preparo pré‑cirúrgico e a reeducação alimentar nos meses seguintes.

O pós‑operatório foi dividido em fases bem definidas:

Fase de líquidos claros – 0 a 7 dias: água, caldos sem gordura e chás sem açúcar.
Transição para líquidos integrais – 8 a 21 dias: sopas batidas, iogurtes desnatados e bebidas protéicas.
Alimentos pastosos – 22 a 50 dias: purês de legumes, carne moída bem cozida, ovos mexidos.
Reintrodução de sólidos – a partir do dia 51: porções menores, mastigação lenta e foco em proteínas magras.

Com o apoio de psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas, Thais conseguiu perder mais 22 kg após a cirurgia, chegando a 148 kg – um peso que ainda não corresponde ao ideal, mas que já lhe trouxe qualidade de vida que há 13 anos lhe parecia impossível.

Novas conquistas e desafios

O ponto alto da recuperação foi o retorno às aulas de balé em Salvador, atividade que a catapultou à fama nas redes sociais. Cinco meses depois da operação, Thais postou um vídeo mostrando seus primeiros passos de ballet, agora em tamanho de roupa 54, contra 66 antes da cirurgia. Embora os movimentos fossem adaptados à nova mobilidade, o simples fato de estar novamente no estúdio já era motivo de celebração.

Além do balé, a influencer inaugurou uma rotina de musculação que inclui máquinas de resistência e exercícios com halteres. Em vídeos frequentes, ela demonstra séries de agachamentos, supino e elevações laterais, sempre reforçando a mensagem de que “o humor sobre meu corpo acabou; agora é hora de acompanhar meus treinos”.

Mesmo com a conquista da perda de peso, Thais reconhece que ainda enfrenta obstáculos. A deficiência de ferro, detectada durante o acompanhamento pós‑cirúrgico, tem prejudicado seus níveis de energia. Ela relata fadiga ao final de sessões de treino mais intensas, mas destaca que tarefas cotidianas – subir escadas, carregar sacolas ou dançar por alguns minutos – já não são mais uma luta.

Thais também lançou seu primeiro livro, “Gorda, Livre e Poderosa”, onde relata a trajetória de autoaceitação, o medo de julgamento e a importância de priorizar a saúde da família ao decidir pela cirurgia. Um mini‑documentário está em produção e deverá mostrar detalhes do procedimento, da dieta e do apoio emocional que recebeu.

Para a influenciadora, a história vai além de números na balança. Ela usa sua visibilidade para combater a gordofobia e incentivar escolhas conscientes sem medo de críticas. “Não precisamos caber em nenhum padrão para ser felizes”, afirma. “Minha jornada é sobre coragem, amor-próprio e cuidado com a saúde”, conclui, reforçando que o objetivo nunca foi simplesmente perder peso, mas viver de forma plena, respeitando cada etapa do processo.

15 Comentários

Mateus Costa
setembro 27, 2025 AT 01:13

Cara, isso aqui é o tipo de história que te faz acreditar de novo na humanidade 🥹💖
52kg é MUITO, mas o que me partiu o coração foi ela voltar pro balé. Não é só perder peso, é recuperar a alma. Eu chorei vendo o vídeo dela no estúdio, tipo... isso aqui é arte pura, não é antes e depois, é renascimento. A gente tá tão acostumado a ver transformações como 'antes de ser gorda' e 'depois de ser magra', mas ela tá mostrando: 'depois de ser viva'.
Maurício Peixer 45620
setembro 27, 2025 AT 02:18

A intervenção cirúrgica bariátrica, especificamente o bypass gástrico, representa um marco terapêutico em pacientes com obesidade mórbida, cuja taxa de sucesso a longo prazo está diretamente correlacionada à adesão ao protocolo de reeducação alimentar e ao suporte multidisciplinar. A fase de líquidos claros, seguida pela transição protéica e posterior reintrodução de sólidos, é fundamental para a prevenção de complicações como deficiências nutricionais e dumping syndrome. A monitorização contínua por nutricionista e psicólogo é um fator preditivo de sucesso.
Gabriel Gomes
setembro 28, 2025 AT 23:06

Essa mulher é uma força da natureza 😍🔥
Quem disse que depois dos 30 a gente não pode recomeçar? Ela tá mostrando que saúde não é magreza, é movimento, é alegria, é poder dançar sem sentir que o corpo vai quebrar. Parabéns, Thais! Você é inspiração viva.
Espaço Plena Saúde
setembro 29, 2025 AT 04:58

A palavra é 'cirurgia', não 'cirurgia bariátrica'. E 'bypass gástrico' não é um tipo de cirurgia, é o nome do procedimento. Além disso, 'pós-operatório' não leva hífen. E não se escreve '52 kg' com espaço antes da unidade - isso é erro de formatação. A história é bonita, mas a redação precisa de revisão.
Vilmar Dal-Bó Maccari
outubro 1, 2025 AT 03:59

Ela tá vivendo. Isso é o que importa. Nada de números. Nada de padrões. Só ela, o balé e o dia a dia. Parabéns.
Thiago Mesadri
outubro 2, 2025 AT 13:07

Bypass gástrico é o gold standard pra obesidade mórbida quando o comportamental falha. Mas o real diferencial aqui é o suporte psicológico e nutricional contínuo. A maioria cai na armadilha de achar que a cirurgia é a solução, mas o trabalho pós é o que salva. Ela tá fazendo certo. Muito certo.
Zuleika Brito
outubro 4, 2025 AT 08:41

Eu me lembro quando eu era criança e minha mãe dizia que o corpo é um templo... eu achava isso muito abstrato. Hoje, vendo ela dançar de novo, entendi. Não é sobre caber em roupa 42, é sobre caber na própria vida. 💫🙏 E o livro dela? Vou comprar. Preciso ler isso.
Rudson Martinho
outubro 5, 2025 AT 16:13

Interessante como a mídia glorifica cirurgia bariátrica como um 'milagre' sem mencionar os riscos reais: deficiência de vitamina B12, anemia ferropriva, osteoporose, queda de cabelo, depressão pós-operatória. Ela mesmo mencionou fadiga por deficiência de ferro. Isso é sucesso? Ou é trocar um problema por outro, só que com mais luzes e vídeos no TikTok?
Paulo Lima
outubro 7, 2025 AT 02:15

Tudo bem que ela tá fazendo bonito, mas eu só queria que as pessoas soubessem que não precisa de cirurgia pra se sentir bem. Alimentação consciente, movimento constante, autoaceitação... isso tudo existe. Ela é incrível, mas não é o único caminho.
Jéssica Magalhães
outubro 8, 2025 AT 03:17

ela perdeu peso e voltou a dançar. bom pra ela.
Gilbert Burgos
outubro 8, 2025 AT 04:49

Mais uma que vira influencer depois de uma cirurgia. O que era antes uma questão de saúde virou produto de marketing. Ela nem é tão magra assim, mas já tem livro, documentário e patrocínio. O sistema só valoriza quem se encaixa no padrão, mesmo que seja por cirurgia.
Ariana Jornalistariana
outubro 8, 2025 AT 18:16

É fascinante como a sociedade romantiza a perda de peso como uma conquista moral. Mas onde está o debate sobre a pressão estética que levou ela a isso? E a indústria da cirurgia bariátrica? Quem lucra com isso? Ela é corajosa, mas não é inocente. A narrativa é manipulada.
carlos eduardo
outubro 9, 2025 AT 13:43

Ah, claro. Aí vem o discurso de 'coragem e amor-próprio'... enquanto a indústria da beleza vende cirurgia como única solução. É fácil falar 'não precisa caber em padrão' quando você tá sendo拍 em todas as redes por isso. Ironia pura. Mas... ela tá fazendo o que precisa. Parabéns, mesmo assim.
Eber Santos
outubro 10, 2025 AT 23:29

O que mais me emocionou foi ela dizer que a família foi a razão. Não foi pra ficar bonita, não foi pra virar influencer. Foi pra estar lá pro filho, pra poder brincar, pra não perder os momentos. Isso é o verdadeiro motivo. E isso merece respeito. Tudo o mais é só consequência.
Clarissa Ramos
outubro 12, 2025 AT 10:03

Ela tá dançando como se o chão fosse um abraço e cada passo fosse um 'eu ainda estou aqui'. Isso não é perda de peso. É recuperação de sonhos. E sabe o que é mais bonito? Que ela não tá fingindo que tá feliz. Tá feliz, mesmo com fadiga, mesmo com ferro baixo, mesmo com o mundo olhando. Ela tá viva, e isso é mais poderoso que qualquer número.