UTI: tudo o que você precisa saber sobre unidades de terapia intensiva

Se você já ouviu falar em UTI, provavelmente pensa em equipamentos high‑tech, médicos correndo e uma atmosfera de tensão. Mas, na prática, a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) é um espaço pensado para dar o melhor suporte a quem está gravemente doente ou com risco de complicações sérias. Vamos descomplicar esse mundo e mostrar como ele funciona, quando é necessário e o que a família pode fazer para ajudar.

Quando a internação na UTI é indicada?

Nem todo paciente que tem febre alta ou dor no peito vai direto para a UTI. Geralmente, a equipe médica recomenda a internação quando o paciente precisa de:

  • Ventilação mecânica (respiração assistida) devido a insuficiência respiratória.
  • Monitoramento contínuo de pressão arterial, frequência cardíaca e oxigenação.
  • Uso de medicamentos intravenosos que exigem vigilância constante, como vasodilatadores ou sedativos.
  • Suporte renal, como diálise, em casos de insuficiência renal aguda.

Esses critérios variam de acordo com a gravidade, a idade e as comorbidades do paciente. Em hospitais bem estruturados, a decisão costuma ser tomada por uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos intensivistas, enfermeiros e fisioterapeutas.

O que acontece dentro da UTI?

Ao entrar na UTI, o paciente é conectado a uma série de dispositivos: monitor cardíaco, bomba de infusão, tubos de drenagem e, se necessário, um ventilador. Cada equipamento tem um objetivo claro – garantir que oxigênio, medicamentos e fluidos cheguem onde precisam estar.

Mas a tecnologia não é a única coisa que faz a diferença. O cuidado humano é intenso: enfermeiros trocam de plantão a cada 12 horas, verificam sinais vitais a cada poucos minutos e ajustam medicamentos conforme a resposta do corpo. A presença de fisioterapeutas ajuda a prevenir complicações como a pneumonia associada à ventilação.

Para a família, o ambiente pode parecer frio e impessoal. Por isso, muitas unidades têm protocolos de visitação flexíveis, psicólogos e assistentes sociais prontos para orientar. Pergunte sempre ao médico responsável quais são as metas de tratamento e o que pode ser esperado nos próximos dias.

Se o paciente está se recuperando, a transição para a enfermaria costuma envolver redução gradual de suporte. O objetivo é garantir que ele possa respirar sozinho, manter pressão arterial estável e ingerir líquidos sem riscos.

Em resumo, a UTI não é um lugar de ‘punição’, mas um centro de cuidado intensivo onde a tecnologia e a equipe médica trabalham juntas para salvar vidas. Saber o que acontece lá, entender os critérios de internação e estar preparado para apoiar o ente querido pode transformar um momento de medo em uma experiência mais controlada e confiante.

Se você ainda tem dúvidas, não hesite em conversar com o médico de plantão. Pergunte sobre a evolução esperada, os exames que estão sendo feitos e como você pode participar do processo de recuperação. Informação clara é a melhor aliada na jornada pela saúde.

A apresentadora Lucilene Caetano foi internada na UTI devido a uma falha em um equipamento, ocorrida em 1 de novembro de 2024. O incidente deixou a apresentadora com medo de morrer, e o proprietário do local acredita que houve uma falha técnica. Detalhes específicos do acidente e da falha do equipamento ainda não foram divulgados.