Produtos de Tabaco: tipos, riscos e regras

Se você já viu alguém fumando na rua ou experimentou um vape, acabou de entrar no universo dos produtos de tabaco. Não importa se é cigarro tradicional, charuto ou aquele dispositivo eletrônico: todos têm origem na planta do tabaco e são regulados de forma diferente. Vamos entender o que cada um oferece, como afeta a saúde e o que a lei brasileira determina.

Tipos mais comuns de produtos de tabaco

O cigarro clássico ainda domina as vendas, mesmo com a queda nas últimas décadas. Ele contém folhas de tabaco processadas, filtro e aditivos que aumentam o sabor e a nicotina. Charutos são parecidos, porém sem filtro e com folhas inteiras, o que gera uma experiência mais lenta e um odor mais forte. Por outro lado, os vaporizadores – ou cigarros eletrônicos – aquecem um líquido à base de glicerina, propilenoglicol e nicotina, produzindo vapor ao invés de fumaça. Cada um desses produtos tem peculiaridades de consumo, preço e público-alvo.

Riscos à saúde e mitos que circulam

É fácil achar que o vape é “inofensivo” porque não gera fumaça. Na prática, o vapor ainda entrega nicotina e pode conter substâncias químicas irritantes. Cigarros convencionais são a principal causa evitável de doenças pulmonares e cardiovasculares; charutos podem provocar câncer de boca, garganta e pulmões, especialmente quando inalados. O mito de que “fumar só faz mal se for muito” não tem fundamento: mesmo poucas tragadas aumentam o risco de problemas graves. A mensagem clara dos especialistas é que o melhor caminho é reduzir ou abandonar o consumo.

A legislação brasileira trata cada categoria de forma específica. A Lei 12.546/2011 proibiu a venda de cigarros eletrônicos como artigos de consumo e impôs restrições rigorosas a aditivos. Já a Lei 13.226/2015 aumentou as advertências nas embalagens de cigarros e proibiu a narração de “cigarros mentolados” em promoções. Em termos de idade mínima, tanto cigarros quanto vaporizadores só podem ser vendidos a maiores de 18 anos, e a proibição de uso em ambientes fechados é praticamente total.

Se você está pensando em cortar o hábito, existem opções reconhecidas: adesivos de nicotina, gomas e até programas de apoio online. A maioria das pessoas que consegue parar relata uma melhora rápida na respiração e no paladar, além de economizar dinheiro. Vale lembrar que o apoio médico pode fazer a diferença, principalmente para quem tem dependência forte.

Para quem ainda compra produtos de tabaco, ficar de olho nas mudanças regulatórias é essencial. O governo costuma atualizar a lista de ingredientes proibidos e pode mudar as regras de tributação, o que afeta preços. Mantendo-se informado, dá para evitar surpresas no caixa e ainda compreender melhor os impactos do consumo.

Em resumo, os produtos de tabaco vão além do cigarro tradicional e incluem charutos e vaporizadores, cada um com seus riscos e regras. Seja qual for sua escolha, a saúde paga o preço mais alto quando o consumo é frequente. Use essas informações para decidir de forma consciente e, se quiser, buscar formas de reduzir ou abandonar o hábito. Afinal, cuidar da própria respiração nunca sai de moda.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresentou propostas para novos rótulos de advertência em produtos de tabaco e seus pontos de venda. As atualizações buscam manter a eficácia na comunicação dos riscos à saúde pelo consumo de tabaco. As propostas serão debatidas em audiência pública em 18 de outubro de 2024, no auditório da Anvisa, em Brasília, aberta ao público.