Judô: guia completo para iniciantes e fãs
Se você já assistiu a uma partida de Judô na TV ou viu um ponto de foto nas redes sociais, sabe que a arte tem um visual impressionante. Mas o que realmente está por trás dos lançamentos, das projeções e da faixa preta? Aqui a gente descomplica tudo, do início da história ao passo a passo para quem quer entrar no tatame.
História do Judô no Brasil
O Judô chegou ao Brasil na década de 1950, trazido por imigrantes japoneses que se instalaram em São Paulo e Paraná. O primeiro clube formal foi o Clube do Judô, fundado em 1954, e logo começou a organizar torneios locais. Em 1961, o Brasil participou do Campeonato Mundial de Judô em Tokio, marcando a primeira presença internacional do país.
Nos anos 70, o esporte ganhou força nas universidades e nas escolas públicas, graças a programas de inclusão esportiva. A grande virada veio nos anos 90, quando atletas como Aurélio Miguel (ouro olímpico em 1996) colocaram o Brasil no mapa. Desde então, o número de academias cresceu exponencialmente, e hoje há mais de 2 mil clubes espalhados pelo território nacional.
Como começar a treinar Judô
Quer dar o primeiro passo? Primeiro, escolha uma academia perto de casa ou do trabalho. O ideal é visitar duas ou três vezes antes de decidir, observando como os professores conduzem a aula e como são as instalações. Procure por instrutores certificados pela CBJJ (Confederação Brasileira de Judô) e que tenham experiência em ensinar iniciantes.
Na primeira aula, você vai aprender o reiho (cumprimento), a postura básica e alguns movimentos fundamentais como ukemi (quedas) e shizen-tai (posição natural). Não se preocupe se a primeira tentativa de arremessar falhar – a prática de quedas seguras é o que protege seu corpo nos treinos mais intensos.
Equipamento? O básico são o judogi (kimono) e faixa. Muitas academias vendem kits iniciais por preços acessíveis. Lembre‑se de escolher um tecido resistente, que não encolha muito na lavagem. As faixas têm cores que indicam o nível: branca, azul, cinza, verde, marrom e preta. Não se assuste se ainda não souber em que nível está – o professor fará a avaliação.
Treinar Judô traz benefícios que vão além da força física. Você desenvolve disciplina, respeito e autocontrole, além de melhorar a flexibilidade e a resistência cardiovascular. A comunidade também costuma ser bastante unida, e muitos atletas criam amizades duradouras dentro do tatame.
Se o objetivo é competir, converse com seu treinador sobre a agenda de torneios regionais. O Campeonato Brasileiro de Judô ocorre duas vezes por ano e pode ser um bom ponto de partida. Para quem só quer se divertir e se manter ativo, as sessões três vezes por semana já são suficientes para notar evolução.
Por fim, lembre‑se de cuidar da alimentação e do descanso. O Judô exige energia explosiva, então uma dieta balanceada com proteínas, carboidratos de qualidade e hidratação adequada faz diferença. E, claro, dormir bem ajuda na recuperação muscular e na concentração.
Pronto para vestir a faixa e sentir a energia do tatame? Não há melhor momento que o agora. Comece com passos simples, siga as orientações do seu professor e aproveite cada aprendizado. O caminho para a faixa preta pode ser longo, mas cada treino traz uma nova lição – e muita diversão ao longo do percurso.
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A equipe mista de judô do Brasil está se preparando para uma performance histórica nas Olimpíadas de Paris. Sob a orientação do técnico Luiz Shinohara, os atletas têm treinado intensamente em busca de uma medalha inédita. A competição acontecerá no dia 3 de agosto de 2024, com o Brasil enfrentando países de destaque como Japão e Coreia do Sul.