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Lua em Crescente: Fase de 23 de setembro de 2025 ilumina o céu de outono
Na noite de Lua crescente de 23 de setembro de 2025, o céu de outono ganhou um detalhe fino que costuma passar despercebido para quem não acompanha o calendário lunar. Apenas 1,71 dias depois da Nova, a Lua já mostrava um leve arco de luz – entre 2,4 % e 3 % de sua face iluminada – formando um reencontro quase perfeito entre o crepúsculo e o brilho lunar.
Como observar a fase crescente
O melhor momento para avistar o fino crescente foi logo após o pôr‑do‑sol, quando a Lua surgiu no horizonte oeste. Nesse ângulo, a linha da terminadora – a fronteira entre luz e sombra – gera sombras longas que ressaltam elevações e depressões na superfície. Essa iluminação rasante torna crateras e mares muito mais fáceis de distinguir, mesmo a olho nu ou com binóculos simples.
Para quem quer começar a observar, basta apontar o olhar para o ponto onde a luz ainda se forma, sem precisar de telescópio avançado. Um par de óculos de aumento já ajuda a perceber a diferença entre as áreas claras e as sombras que delineiam crânios, vales e mares.

Características lunares em destaque
Durante esta fase, alguns dos principais mares e crateras ficaram particularmente visíveis:
- Mare Humboldtianum – localizado ao norte, tem cerca de 231 km de diâmetro. A luz baixa traz contraste entre as planícies escuras e as bordas iluminadas.
- Mare Marginis – ao leste, com 358 km de largura, aparece como um brilho tênue que ganha definição nas sombras laterais.
- Mare Smythii – o maior dos três, 374 km, está quase na linha do equador lunar, tornando‑se um ponto de referência fácil para quem está aprendendo a reconhecer os mares.
- Cratera Humboldt – com quase 200 km de diâmetro, destaca‑se pela sua profundidade e pelas sombras que reforçam seu formato circular.
Essas formações são melhores de observar entre 20 h e 22 h, quando a Lua já subiu um pouco, mas ainda permanece baixa o bastante para que a luz rasante continue a criar sombras marcantes.
Além da ciência, a astrologia também trouxe um toque simbólico ao evento: a Lua estava em Libra, signo associado ao equilíbrio e à harmonia. Coincidentemente, o dia anterior marcou o equinócio de outono, quando o dia e a noite têm a mesma duração. Essa coincidência fez muitos enxergarem um sinal de renovação e preparo para a nova estação.
A fase crescente simboliza crescimento – literalmente, o aumento da luz lunar – e serve como lembrete de que, assim como a Lua, nossos projetos também podem começar pequenos e ir se intensificando. Para quem está começando a observar o céu, essa noite oferece um ponto de partida simples, porém recompensador.
Se você tem curiosidade, vale a pena marcar no calendário as próximas fases lunares. O próximo quarto crescente, por exemplo, aparecerá em cerca de sete dias, trazendo aproximadamente 50 % de iluminação e permitindo uma visualização ainda mais detalhada de montanhas e crateras maiores.
Em resumo, a Lua crescente de 23 de setembro de 2025 foi um convite aberto a todos que quiseram olhar para cima e descobrir como um simples arco de luz pode revelar uma paisagem tão complexa e fascinante. Basta sair ao ar livre, levantar os olhos e deixar que a sombra da terminadora faça seu trabalho de revelar os segredos da superfície lunar.