Disney+ aumenta preços a partir de outubro de 2025

Prepare o bolso: a Disney revelou que, a partir de 21 de outubro de 2025, seu serviço de streaming Disney+ passará por mais um aumento de preço. A mudança atinge tanto quem paga apenas o plano básico com anúncios quanto quem opta pela versão premium livre de comerciais, além de quase todos os pacotes que combinam o Disney+ com Hulu e ESPN.

Detalhes dos novos valores

No plano suportado por publicidade, o custo mensal saltará de US$9,99 para US$11,99 – um reajuste de 20 %. Já o plano premium, sem anúncios, tem um salto de US$15,99 para US$18,99, quase 19 % a mais. Para quem prefere pagar anualmente, o preço subirá US$30, passando de US$159,99 para US$189,99.

Os pacotes combinados sentem o peso da alta. O combo Disney+ + Hulu com anúncios aumenta de US$10,99 para US$12,99. O pacote que reúne Disney+, ESPN e Hulu com anúncios passa de US$16,99 para US$19,99. O bundle premium – Disney+ sem anúncios, Hulu sem anúncios e ESPN Select com anúncios – sobe de US$26,99 para US$29,99. A exceção é o combo Disney+ + Hulu sem anúncios, que permanecerá em US$19,99.

Motivos e impactos no mercado

Motivos e impactos no mercado

A liderança da Disney, incluindo o CFO Hugh Johnston e o CEO Bob Iger, justificou a nova tabela de preços como reflexo dos altos custos de produção de conteúdo de qualidade. As recentes temporadas de franquias gigantes, como Marvel e Star Wars, além de séries originais com orçamentos milionários, exigem investimentos robustos que, segundo a empresa, precisam ser repassados aos assinantes.

Outro ponto mencionado foi a “dinâmica de mercado”. Nos últimos meses, concorrentes como Netflix, Max, Apple TV+ e Peacock já anunciaram aumentos semelhantes, criando um ambiente onde o preço do streaming como um todo tem subido. A Disney enfatiza que o ajuste mantém sua competitividade e garante recursos para continuar inovando.

Vale notar que, apenas alguns meses antes, ao divulgar os resultados do primeiro trimestre fiscal de 2025, o CFO havia assegurado que os preços permaneceriam estáveis pelos próximos 12 meses. Essa promessa foi revertida, gerando críticas de consumidores que já enfrentam a fadiga de preços recorrentes.

O timing do reajuste coincide com a primeira vez que a divisão de streaming da Disney registra lucro, depois de anos de déficits causados por pesados investimentos em tecnologia e aquisição de conteúdo. O CEO Iger ressaltou que, agora que a operação é lucrativa, a empresa pode focar em melhorar a margem e investir em novos projetos, como a expansão da realidade aumentada nos parques temáticos e novas séries interativas.

Além do aumento de preço, a Disney também implementou, em 2024, restrições ao compartilhamento de senhas. Usuários que desejam dividir o acesso com pessoas fora do domicílio precisam aderir a um programa pago, gerando outra fonte de receita. Essa medida foi vista como tentativa de conter a “perda de receita” associada ao compartilhamento indiscriminado.

Para o consumidor, a notícia traz duas decisões imediatas: aceitar o novo valor e continuar usufruindo do acervo vasto da Disney, que inclui filmes clássicos, séries da Marvel, conteúdos da Star Wars e documentários da National Geographic, ou reavaliar a assinatura e talvez migrar para concorrentes que ofereçam planos mais baratos ou modelos diferentes de anúncios.

Especialistas do setor alertam que o mercado de streaming está se fragmentando, com consumidores cada vez mais seletivos. A escalada de preços pode acelerar a tendência de “austeridade digital”, onde o público mantém apenas um ou dois serviços, em vez de múltiplos bundles. Contudo, a Disney conta com a fidelidade de fãs que acompanham suas franquias por gerações, o que pode mitigar a evasão.

Em resumo, a mudança de outubro de 2025 traz um novo patamar de custos para quem assina o Disney+, seja isoladamente ou em combinação com outros serviços da empresa. A justificativa oficial gira em torno de custos de produção e alinhamento com a concorrência, mas a retrospectiva recente de promessas de estabilidade levanta dúvidas sobre a previsibilidade dos preços futuros.