Campeonato Argentino Revoluciona Formato com Extinção do Rebaixamento em 2024

A Associação de Futebol da Argentina (AFA) surpreendeu ao anunciar mudanças radicais para o Campeonato Argentino, incluindo a abolição do rebaixamento para a temporada de 2024. Esta decisão, tomada durante uma assembleia no dia 17 de outubro de 2024, expande a primeira divisão para 30 times em 2025, um alívio para equipes como Tigre e Independiente Rivadavia, que enfrentariam a degola sob as regras anteriores.

O principal motivo para essa decisão foi uma série de disputas legais envolvendo a AFA e o governo argentino, principalmente em relação à estrutura de gestão dos clubes. O presidente argentino Javier Milei tem promovido empresas esportivas conhecidas como Sociedades Anónimas Desportivas (SAFs), o que gerou tensões entre as partes.

Reformas na Estrutura do Campeonato

A partir de 2025, o Campeonato Argentino retomará o formato Apertura-Clausura, dividindo os 30 times em duas chaves de 15 equipes. Essa mudança reduzirá o número de partidas disputadas de 41 para 32 por equipe, com uma fase eliminatória coroando o campeão ao final.

Com as reformas, o atual presidente da AFA, Claudio Tapia, reeleito até 2029, argumenta que as mudanças aumentarão a participação de elite no futebol argentino e aliviarão o calendário das equipes. Contudo, essa justificativa enfrenta críticas, especialmente do governo de Milei, que questiona a legitimidade do processo eleitoral de Tapia.

Impacto nos Clubes Ameaçados

Impacto nos Clubes Ameaçados

Conforme as regras anteriores, o Tigre, último colocado na tabela geral, e o Independiente Rivadavia, com a pior média dos últimos três anos, seriam rebaixados. Com a nova estrutura, ambos permanecem na elite do futebol argentino. As alterações podem ser vistas como uma tentativa de estabilizar e fortalecer a liga, ao mesmo tempo que oferecem uma chance para que clubes em situações delicadas reconstruam suas trajetórias.

A decisão da AFA, se por um lado oferece novas oportunidades, por outro realça as disputas internas e políticas que permeiam o futebol argentino. Será interessante observar como essas mudanças influenciarão o desempenho dos clubes e a dinâmica do campeonato nos próximos anos.

11 Comentários

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    Gilbert Burgos

    abril 9, 2025 AT 21:10
    Essa mudança é uma piada. Eliminar o rebaixamento? Isso não é futebol, é teatro de opereta. Clubes que nunca fizeram nada vão ficar na elite pra sempre. A AFA virou um clube de amigos.
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    Ariana Jornalistariana

    abril 9, 2025 AT 21:41
    É profundamente preocupante constatar que a institucionalização do futebol argentino está sendo subvertida por uma lógica populista e antieconômica, que prioriza a estabilidade política em detrimento da meritocracia esportiva. A AFA, em seu atual estado, não representa mais o espírito do jogo.
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    carlos eduardo

    abril 10, 2025 AT 17:11
    Claro, claro. Agora é só tirar o rebaixamento e tudo vira mágica. Enquanto isso, o torcedor de verdade continua pagando R$ 120 no ingresso pra ver o mesmo time perder de 5 a 0. O que eles querem é evitar mais processos, não melhorar o futebol. E o Milei tá certo: isso é corrupção disfarçada de reforma.
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    Eber Santos

    abril 11, 2025 AT 09:41
    Acho que a ideia não é tão ruim assim. Muitos clubes pequenos vivem na sombra de um rebaixamento que não tem a ver com desempenho, mas com finanças. Dar uma chance pra eles se reorganizarem pode trazer mais equilíbrio a longo prazo. Não é perfeito, mas é um começo.
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    Clarissa Ramos

    abril 13, 2025 AT 01:52
    É como se o futebol virasse um rio que parou de correr. Sem rebaixamento, os times ficam ali, flutuando, sem medo, sem fome. O jogo perde o sangue. Mas... talvez seja só o que a Argentina precisa agora. Um respiro.
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    ROGERIO ROCHA

    abril 13, 2025 AT 19:19
    A adoção do formato Apertura-Clausura é uma medida tecnicamente sólida, que reduz a carga física dos atletas e aumenta a competitividade por meio da divisão em chaves. A expansão para 30 clubes, contudo, exige uma revisão profunda da infraestrutura logística e da governança federativa.
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    Adilson Brolezi

    abril 14, 2025 AT 02:06
    Sei que muitos estão bravo, mas tenta ver por outro lado: e se isso der tempo pra clubes como o Tigre se reestruturarem, contratarem melhor, treinarem com calma? Talvez daqui a 3 anos a gente veja um time que antes era só 'o que quase caiu' virar um candidato sério. A gente precisa de esperança, não só de punição.
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    Reinaldo Ramos

    abril 14, 2025 AT 07:32
    Isso é traição. Futebol argentino é luta, é sangue, é sofrimento. Tirar o rebaixamento é como dizer que o povo não merece ver seus times lutarem até o fim. Isso é um golpe contra a identidade do nosso futebol. Nada de SAFs, nada de AFA, nada de traição.
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    Marcelo Serrano

    abril 14, 2025 AT 21:45
    Pô, cara, eu tô torcendo pro Tigre desde os 8 anos e nunca vi eles tão perto de um título. Se essa merda de rebaixamento tava matando o clube, melhor deixar eles respirar. O futebol não é só vitória, é sobrevivência. Eles merecem um tempo.
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    Steven Watanabe

    abril 15, 2025 AT 11:27
    Rebaixamento foi o único freio. Sem ele, o campeonato vira festa de aniversário. O que vem depois? Título por votação?
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    Tainara Souza

    abril 16, 2025 AT 01:59
    Acho que o mais bonito aqui é ver que o futebol tá aprendendo que não é só sobre quem cai, mas sobre quem pode levantar. Talvez o rebaixamento não fosse o caminho pra salvar os clubes pequenos... talvez fosse só o jeito de esquecer que eles existem. Agora, pelo menos, eles têm voz.

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