Beatriz Haddad Maia volta a embalar em Strasbourg após fase difícil
O tênis brasileiro ganhou novamente motivos para comemorar. Beatriz Haddad Maia, número 17 do ranking mundial, conquistou duas vitórias consecutivas em simples no circuito pela primeira vez nesta temporada de 2025. A façanha veio com uma partida sólida diante da americana Ashlyn Krueger no WTA 500 de Strasbourg, com placar de 7–6(7–3) e 6–3, reacendendo esperanças e mostrando sinais de recuperação após sequência de resultados irregulares no início do ano.
Não foi uma caminhada fácil até aqui. Desde o Aberto da Austrália, onde Bia chegou à terceira rodada tanto em simples quanto em duplas, mas acabou eliminada, uma certa instabilidade tomou conta de seus resultados. Perdeu jogos apertados, alternou boas atuações com partidas abaixo do esperado e, segundo relatos de sua própria equipe, a confiança esteve abalada por meses. O reflexo disso apareceu tanto no circuito de simples como nas duplas – inclusive na parceria com Laura Siegemund, que rendeu campanhas respeitáveis, mas sem chegar ao pódio.
Adaptação, mentalidade e desafio contra Emma Navarro
Depois de sofrer para engrenar, Bia buscou nos bastidores mudanças de postura e estratégia. “O tênis mudou, está mais agressivo do que nunca. Precisei intensificar o trabalho, focar em cada ponto e, acima de tudo, não me deixar abalar quando as coisas dão errado”, explicou ela logo após garantir sua vaga nas quartas de final em Strasbourg. Esse discurso é reflexo de quem sabe o tamanho do desafio mental do circuito profissional, onde ficar alguns meses sem confiança pode virar uma bola de neve difícil de quebrar.
No jogo contra Krueger, a combinação entre saque consistente e ataques precisos fez toda a diferença nos momentos decisivos. O primeiro set foi de poucas quebras, com ambas jogadoras sacando bem, até o tie-break, quando Bia foi mais agressiva e venceu com folga. Já no segundo set, aproveitou duas oportunidades cruciais no serviço da americana e controlou a partida até o fim.
E agora o cenário promete ser ainda mais desafiador: sua próxima adversária é Emma Navarro, nona do mundo e segunda cabeça de chave em Strasbourg. Navarro chega embalada e é considerada uma das novas promessas do tênis mundial, especialmente por sua capacidade de variar o jogo e pressionar nas devoluções. Para Bia, o duelo vale mais do que uma simples semifinal – representa também uma chance real de mostrar que reconquistou a confiança e está pronta para desafiar tenistas do alto escalão novamente.
Nesse contexto, cada vitória ganha peso duplo. A proximidade de Roland Garros torna a reta final dessa preparação ainda mais determinante. Stratford serviu de palco para Bia ressurgir e mostrar que trabalhar o mental, ajustar detalhes do plano de jogo e buscar serenidade dentro de quadra dão resultado. Agora resta saber até onde a brasileira conseguirá ir – e se esse novo fôlego será suficiente para surpreender em Paris.
Paulo Lima
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